Pensamentos sobre Responsabilidade Social
sábado, 24 de maio de 2008
Sustentabilidade na carne: a responsabilidade social e ambiental bate à porta das empresas
Fonte: Fátima Cardoso/Edição: Andréa de Lima
Publicado no site Instituto Ethos em 05/05/2008 e disponível em <http://www.ethos.org.br/DesktopDefault.aspx?TabID=3345&Lang=pt-B&Alias=Ethos&itemNotID=8727>.
Resumo
O artigo trata do convite do site Clima e Consumo (http://www.climaeconsumo.org.br/default.html) para que o consumidor participe de uma ação de conscientização sobre a necessidade de se adotar medidas sustentáveis. O site, lançado pelas ong´s IDEC e Vitae Civilis, propõe 21 atitudes sustentáveis, sendo destacada na matéria a utilização de um cartão-postal, emitido pelo site, que deve ser entregue no supermercado da preferência do consumidor. No cartão consta uma mensagem solicitando que se exija dos fornecedores que rastreiem a carne bovina vendida, para a não-utilização de carne oriunda de áreas devastadas da Amazônia. Para o consumidor ter certeza de sua procedência, a carne bovina receberia uma certificação, mas como esse processo é caro e aumentaria ainda mais o preço final do produto, acredita-se que ainda leve um bom tempo até ser realmente implementado.
Análise Crítica
De forma bastante elucidativa e crítica, a autora demonstra que o consumidor final é o grande responsável pela implantação de procedimentos sustentáveis pelas empresas. A verdade é que há muito tempo o consumidor deixou de ser um sujeito passivo, manipulado totalmente pela propaganda midiática, para se tornar um agente ativo na escolha dos produtos que lhe convém. Se, antigamente, comprava-se apenas o produto da marca famosa, hoje as donas-de-casa buscam também preço baixo e qualidade. Entendo que a proposta do site Clima e Consumo é válida, por incentivar o consumidor a lutar por seus direitos (o que ele já tem aprendido, com a popularização de instituições como o próprio IDEC e os Procon´s), e por torná-lo co-responsável pela conquista de um mundo mais sustentável, não esperando que soluções “caiam do céu”. Como descrito no artigo, o consumidor final tem mais poder do que imagina, só faltando utilizá-lo a seu favor.
sábado, 10 de maio de 2008
Brasil é o mais sustentável
A classe média brasileira é a mais atenta às atitudes e práticas sustentáveis. É o que revela a pesquisa divulgada, hoje, pela National Geographic Society, em parceria com a empresa de consultoria GlobeScan
Por Mônica Pileggi
Publicado no site Planeta Sustentável em 07/05/2008 e disponível em <http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/conteudo_278201.shtml>.
Resumo
O artigo cita o resultado do Greendex 2008 - Escolha do Consumidor e Meio Ambiente, índice que avalia os hábitos de consumidores de classe média de 14 países em quatro categorias: habitação, transportes, alimentação e bens de consumo. A pesquisa, realizada apenas pela internet, coloca o Brasil na liderança, com boa pontuação em transportes e bens de consumo, e pontuação média no item alimentação. Graças ao clima tropical, no Brasil quase não se usa aquecimento doméstico. Além disso, o uso de veículos próprios está abaixo da média, a população consome produtos locais e apenas um terço dos brasileiros consome água engarrafada. Os brasileiros também aparecem no índice verde como os mais preocupados com as questões ambientais.
Análise Crítica
A autora adotou uma abordagem claramente expositiva e contemplativa, descrevendo o resultado do Greendex 2008. Embora boa parte do texto seja de fácil compreensão, pelo menos no item transportes houve espaço para uma interpretação dúbia, principalmente para os leitores que vivem em grandes cidades. Nesse item o Brasil se destacou, segundo a autora, por possuir baixa utilização de veículos próprios. Porém, leitores de cidades como São Paulo podem achar que há erro na pesquisa, por presenciarem dia a dia o aumento do trânsito justamente porque muitos preferem usar um veículo próprio ao invés do transporte coletivo. Ocorre que a pesquisa é nacional, e principalmente no interior do país a classe média pode optar por meios de transporte alternativos, como caminhada e bicicleta. Entendo que, nesse item, a autora poderia ser mais elucidativa. No mais, o texto é direto e de fácil compreensão.
sábado, 26 de abril de 2008
A reação do gigante
sábado, 12 de abril de 2008
Mostra e prêmio têm sustentabilidade como foco
sábado, 29 de março de 2008
Investimento social em tempos de sustentabilidade
Resumo
O artigo versa sobre a evolução da prática de Responsabilidade Social Empresarial (RSE), desde o final da década de 90 até os dias atuais. Nesse tempo, segundo o autor, houve no Brasil dois saltos importantes de qualidade na RSE: a mudança do conceito de filantropia para o de investimento social, e a aproximação estratégica entre as empresas e seus institutos e fundações. O autor explana sobre as diferenças da prática filantrópica, onde o investimento ocorria sem maiores compromissos, sem preocupação com as causas dos problemas, e do investimento social, onde a empresa analisa mais profundamente os problemas, com mais profissionalismo, trazendo melhores resultados às comunidades atendidas. O autor conclui que as empresas e suas fundações ainda têm muito a aprender entre si, o que abre margem para novos saltos de qualidade no futuro.
Análise Crítica
O autor adotou, no artigo, um posicionamento contemplativo e elucidativo, no sentido em que discorre sobre o que observa na evolução das práticas de RSE, mas também conservador, pois seu pensamento está de acordo com o neoliberalismo imperante, pois entende que as empresas devem enxergar em suas fundações outras “empresas”, que necessitam de visão estratégica e devem atingir a metas pré-estabelecidas. Isso não significa necessariamente que seja uma visão errada, mas apenas que difere, por exemplo, da visão do nosso atual governo de centro-esquerda, que produz programas sociais mais focados na filantropia, no imediatismo, no “dar o peixe” ao invés do “ensinar a pescar”, o que de certa forma é compreensível, pois governos trabalham – erroneamente – com metas a curto e médio prazo, em tempo de conquistarem votos para a próxima eleição. Já uma grande empresa pode pensar a RSE a longo prazo, levando resultados mais palpáveis para a comunidade.
domingo, 16 de março de 2008
Apresentação
O mundo vê, apreensivo, a queda dos índices de natalidade nos países desenvolvidos, diminuindo gradativamente o número de consumidores nesses mercados. As empresas então buscam novos mercados consumidores, o que de certa forma explica o interesse por países em desenvolvimento. Os países do chamado Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) são apontados como futuras potências, devido às oportunidades de crescimento econômico e social e por sua grande população.
A dificuldade reside no fato de que, embora populosos, os países em desenvolvimento possuem uma grande massa de miseráveis, que não têm acesso aos padrões mínimos de estudo, alimentação, saneamento, moradia. Como transformar uma multidão de miseráveis em possíveis consumidores?
É aqui que entra o interesse das empresas na responsabilidade social. Fomentar o crescimento de uma região significa criar novos consumidores no futuro, além do impacto imediato junto ao resto da população, que entende que uma empresa preocupada com o social e a ética merece sua fidelidade. É certo que a empresa não está prestando nenhum favor, mas no imaginário coletivo é como se agisse com liberalidade, e isso influencia na decisão final de compra do produto.
Este espaço se destina a analisar os projetos de responsabilidade social por parte de empresas e até do setor público, buscando a interação com os leitores, sem os quais este blog não fará o menor sentido. Esta é uma proposta acadêmica e, como tal, tem fome e sede de debate, participação, que sintetizadas poderá dar início a novas teorias sobre o assunto.