Pensamentos sobre Responsabilidade Social
sábado, 29 de março de 2008
Investimento social em tempos de sustentabilidade
Resumo
O artigo versa sobre a evolução da prática de Responsabilidade Social Empresarial (RSE), desde o final da década de 90 até os dias atuais. Nesse tempo, segundo o autor, houve no Brasil dois saltos importantes de qualidade na RSE: a mudança do conceito de filantropia para o de investimento social, e a aproximação estratégica entre as empresas e seus institutos e fundações. O autor explana sobre as diferenças da prática filantrópica, onde o investimento ocorria sem maiores compromissos, sem preocupação com as causas dos problemas, e do investimento social, onde a empresa analisa mais profundamente os problemas, com mais profissionalismo, trazendo melhores resultados às comunidades atendidas. O autor conclui que as empresas e suas fundações ainda têm muito a aprender entre si, o que abre margem para novos saltos de qualidade no futuro.
Análise Crítica
O autor adotou, no artigo, um posicionamento contemplativo e elucidativo, no sentido em que discorre sobre o que observa na evolução das práticas de RSE, mas também conservador, pois seu pensamento está de acordo com o neoliberalismo imperante, pois entende que as empresas devem enxergar em suas fundações outras “empresas”, que necessitam de visão estratégica e devem atingir a metas pré-estabelecidas. Isso não significa necessariamente que seja uma visão errada, mas apenas que difere, por exemplo, da visão do nosso atual governo de centro-esquerda, que produz programas sociais mais focados na filantropia, no imediatismo, no “dar o peixe” ao invés do “ensinar a pescar”, o que de certa forma é compreensível, pois governos trabalham – erroneamente – com metas a curto e médio prazo, em tempo de conquistarem votos para a próxima eleição. Já uma grande empresa pode pensar a RSE a longo prazo, levando resultados mais palpáveis para a comunidade.
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